MENDONÇA,
Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa.
O Construtivismo no Brasil. In: Alfabetização: Método Sociolinguístico. Ed 3 – São Paulo: Cortez, 2009.
Inicialmente
o texto vem mostrar as contribuições de Emília Ferreiro e Ana Teberosky a
alfabetização da criança. Em 1974 uma investigação partindo da ideia de que a
criança aprende com a interação com o objeto de conhecimento e que não é uma
tábua rasa. Esta investigação dada o nome de psicogênese da língua escrita
sobrepõe-se a teoria construtivista de Piaget, que agora a tem como base,
contribuindo para a melhoria da alfabetização. Pensando nesta pesquisa Ferreiro
questionava se teria os mesmos resultados com adultos analfabetos, constatou
que o adulto ultrapassa o nível pré-silábico e entende a função social da
escrita diferentemente da criança. A pesquisa de Ferreiro e Teberosky descreve
como o educando se apropria da leitura e da escrita, organizando isso em três
grandes períodos: 1°-Distinção entre imagem e letra (números, sinais); 2°-Diferenciação
entre quantidade e variedade de grafias, níveis pré-silábico; 3°-Fonetização da
escrita, níveis silábico e alfabético. Os autores discorrem no ponto dois que
muitos educadores cometem equívocos ao excluir a didática silábica na
alfabetização por conta do mau entendimento da teoria da psicogênese. Ferreiro
e Teberosky não condena nenhuma didática, até porque não escreveu métodos ou
indicou. Os autores colocam que a didática silábica merece conserto apenas em
dois casos: 1-quando não trabalha com a palavra geradora, dando significado ao
aprendizado, contextualizando, trabalhando a palavra isolada; 2-Quando não faz
uso do nível pré-silábico, distanciando o educando do significado e do
contexto. A terceira parte do texto aborda as consequências dos equívocos da má
interpretação da teoria de Ana e Emília: 1-Confusão entre alfabetização e
letramento que são processos distintos, porém indissociáveis. A alfabetização
requer o domínio das habilidades de leitura e escrita em um ensino
sistematizado. O letramento requer domínio de habilidades múltiplas de leitura,
interpretação e produção de texto reais de diferentes gêneros; 2-Trabalhar
textos e livros que não fazem parte da realidade do aluno; 3-Acreditar que
somente olhando o aluno aprenderia, sendo que escrita tem complexidades e exige
habilidades linguísticas; 4-Não precisa ensinar a criança ela aprenderá
sozinha, o professor será apenas o mediador. Tudo isso é uma falácia, pois para
a escrita é necessário trabalho sistemático, concentração, esforço, persistência,
etc.; 5-Deixar que o aluno escreva do seu jeito o texto, levando-os ao nível
alfabético, sem antes passar pelo nível silábico; 6-Professor não pode corrigir
o aluno. Mentira. Ele não deve repreender, mas sim mostrar o erro ao aluno,
perguntando-o, por exemplo, se o que leu e escreveu esta realmente certo,
deixá-lo pensar; 7-Saltar do nível pré-silábico ao alfabético, sem passar pelo
silábico, que ensina o aluno a composição da silaba; 8-Preconceito com a
composição da silaba pelos coordenadores pedagógicos, sendo que é um princípio
linguístico importante a alfabetização; 9-O próprio educando constrói seu
conhecimento e o professor não pode intervir. Mentira. Isso não procede, pois o
professor precisa usar de estratégias para ajudar o educando a avançar.
VI
Semestre - Pedagogia
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